Uma das variáveis mais analisadas nos estudos para analisar a eficácia do exercício sobre o gasto calórico de repouso é o EPOC (consumo excessivo de oxigênio pós-exercício). O exercício físico aumenta a demanda por oxigênio e, mesmo após sua interrupção, o consumo de oxigênio permanece elevado por um determinado período, aumentando o gasto calórico. Assim, quanto maior a magnitude e duração do EPOC, mais efetivo é o exercício em aumentar o gasto calórico diário.
Recente estudo publicado por pesquisadores americanos comparou a magnitude e duração do EPOC entre três modos diferentes de exercícios: exercício resistido (ER), exercício aeróbio com intensidade constante (EAC) e exercício aeróbio intermitente de alta intensidade (EAI). Todas as sessões de treino foram equiparadas em duração e gasto calórico. O EPOC foi analisado após 12 e 21 horas do término das sessões.
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Os resultados revelaram que as sessões de ER e EAI elevaram significativamente o gasto calórico em relação ao gasto de repouso na avaliação de 12 horas, e somente após o ER, o gasto calórico permaneceu maior que o repouso após 21h. Ambos, ER e EAI, apresentaram resultados superiores aos observados após o EAC.
Assim, somando-se o gasto calórico da sessão de treino (que foi igual nas três sessões) com o EPOC, ER e EAI parecem mais efetivos que EAC para elevar o gasto calórico diário. Ponto para o exercício de alta intensidade! Porém vale lembrar que a execução de exercícios em alta intensidade eleva os riscos e, por isso, deve ser realizada somente sob supervisão adequada.
Referência (clique sobre o nome do autor para ser redirecionado):
Greer BK et al. EPOC Comparison Between Isocaloric Bouts of Steady-State Aerobic, Intermittent Aerobic, and ResistanceTraining. Research Quarterly for Exercise and Sport. 00:1-6, 2015.